Pois é, engraçado como todos vivem a esperar o tal do Amor. Como se isto fosse a razão da vida, ou a emoção da vida. Todos se arrumam, se vestem e se pintam, se formulam em uma caixinha de agradáveis surpresas, prontos e atentos para quando o Amor aparecer na esquina. Mas são tantas esquinas! E maior ainda são os desamores, os desabores.
Então meus caros, digo-lhes que já não espero mas. Uma porque já não tenho tanto tempo para me debruçar sobre uma janela, de olhos abertos a qualquer movimento suspeito de amor. Por isso mesmo esta casa anda vazia, vazia de presença minha. Como sabem sou uma operária e não uma Rainha; e como tal vivo nas ruas, nas casas e matas...alheias e distantes de bocas vizinhas.
Outra porque, tal imagem não convence mas... li certa vez uma frase no livro “A Insustentável Leveza do Ser”, do Milan Kundera, que diz assim: “na frente estava a mentira inteligivel e atrás a incompreensível verdade”. Nada, nada mesmo é o que parece ser. E eu já cansei de achar que a cara do amor era só verdades. Kundera diz que nesse mundo tudo é perdoado por antecipação e tudo é, portanto, cinicamente permitido. Será?
Melhor mesmo é viver. esperar pra quê?
Beijos beijos e beijos
E aí está, o filme que assisti quase que comendo a tela do televisor. huahauahua
O filme em que o livro do Milan Kundera fez-se roteiro. Amo, amo amo!!!!