31.1.10

O ar que respiro


“Se todo alguém que ama
Ama pra ser correspondido
Se todo alguém que eu amo
É como amar a lua inacessível
É que eu não amo ninguém
Não amo ninguém
Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro”
Não amo ninguém - Cazuza.

É isto, eu lhe digo, é isto. Se todo alguém que me chama e vem , aos meus braços, aos suspiros e sem dizer nada eu já sinto aquele amor que exala de teu peito, mas que nunca foi destinado a mim. Se é em meus ouvidos que chegam as boas novas de devoção e carinho, então é para o meu coração que está destinado o vazio. Se é a mim, a doce e confiável amiga que todos chamam para declarar suas amáveis expectativas, então devo ser eu a prometida para a função de expectadora de todos os romance já existido.
Durante muito tempo eu substitui um amor por outro, seguidas vezes, muitas vezes, sem intervalos. Mas faz algum tempo que sinto uma leve brisa soprando dentro do meu corpo, sem obstáculos, sem mobília, vazio. O vento passa de leve e de leve leva consigo a história de antigos amores, a poeira de outras dores, o pó das cinzas carbonizadas de outras sensações insensatas. Meu corpo é bem arejado. Leve e doce. Doce expectadora de amores.
Hoje, de verdade, eu não amo ninguém! Não amo ninguém assim, de forma romântica. Hoje eu não amo ninguém. Não tenho que escolher entre o novo e o antigo, entre o rico e o pobre, não tenho que optar entre o certo/seguro e o louco/intenso. Hoje, eu não preciso escolher entre aquele que me ama e não tem nada que eu quero e aquele que não me quer e tem tudo que desejo. Hoje, eu não preciso optar pelo céu ou pela terra, pelo herói ou pelo vilão. Hoje eu só assisto. Porque não amo ninguém. Porque hoje, sou eu que vejo a arte de amar e não sou a heroína romântica da história.
Hoje, eu não amo ninguém. E todos os meus antigos amores, foram como a lua, amores dentro das impossibilidades. O belo e longínquo. Nunca pude tocar o meus amores. E tocar de diversas maneiras, nunca pude tocá-los por fora nem por dentro. Nunca pude tocá-los por dentro, nunca pude conhecer o que se passava por trás dos seus olhares, por dentro deles eu nunca soube o que havia. Nunca pude alcançar isso, nunca pude alcançar a lua. Nunca pude tocar um coração.
E hoje é um dia, é O dia da distância e do silêncio. É o dia que vejo de longe o amor e isso me torna uma expectadora mais consciente do que acontece. Sem hormônios nem sensações entorpecendo a sanidade e desfocando a realidade. Eu sou uma expectadora atenta, sou uma expectadoras que ver melhor só pelo fato de estar de fora. E eu vejo, eu vejo tudo, eu vejo as mãos dadas nas ruas, eu vejo os beijos longos e molhados e os curtos e graciosos, eu vejo os olhares dengosos, eu ouço os susurros e os suspiros. Eu vejo o reluzir de alianças (não os anéis, as alianças de verdade), eu vejo os abraços apressados antes do parti do ônibus, eu ouço o tom saudosos das vozes nos telefones. Eu vejo o invisível e ouço o silêncio. E acho lindo! Acho lindo porque não me causa dor.
É, não amo ninguém e é só o amor que eu respiro!
Porque amor não é o último suspiro, amor é ar que respiro eternamente, como expectadora que sou.


29.1.10

Que droga você consome?

Me desesperei! Não, não, não! Mãe, cadê meu travesseiro? Afe! Esqueci, ela estava viajando. Eu, sozinha em casa, à noite, já não era algo de se confiar, eu sozinha à noite sem meu travesseiro... o mundo devia está preparada para alguma catástrofe de proporções megalomaníacas.
Meu travesseiro (bico), não durmo sem meu travesseiro de abraçar, não durmo sem agarrar ele ou ele me agarrar (nunca se sabe). Nem consigo fechar os olhos, quanto mas cair em sono profundo. Imagine, ter que passar a noite em branco por falta de um travesseiro. Imagine!
Imaginei, um friozinho subiu minha coluna, um agoniazinha em meu estômago. Tá, vocês devem está me achando louca por ficar tão irremediavelmente desesperada só porque minha mãe decidiu mandar minha almofada de abraçar para lavandeira sem me consultar em um dia que não vai estar para me ver rolando na cama ou aporrinhando ela a noite toda. (ela não viajou, ela fugiu) Vocês estão certos, eu também estou achando isso. Mas o que eu posso fazer? Isso não é racional é como instinto animal, meu instinto é abraçar almofadas (hihi - ridículo), é minha necessidade fisiológica, é meu vício.
Vício, temos tantos vícios. É um vício escrever aqui (e é perigoso também), é um vício comer chocolate, é um vício apertar botões, é um vício o sexo, é um vício estalar dedos, é um vício lamber a embalagem metálica do danette, é um vício enfiar a mão em saco de grãos, é um vício comer caqui, é um vício passar os dedos nos cabelos, é um vício ler, é um vício pensar...
Hum! Falando nisso! Em um pouco mais de duas semanas eu li quatro livros, acabei com metade de uma barra de chocolate inteira (daquelas grandes que compra para fazer fundi) além de comer compulsivamente outras bobagens, ando assistindo dois à três filmes ao mesmo tempo e acabo de descobrir que vou passar a noite inteira rolando sem meu Sr. fofo. Será que estou virando uma compulsiva, obsessiva, neurótica?
Afe! Só me faltava essa. Andei lendo um pouco sobre isso. Claro, quando a possibilidade veio em minha cabeça eu tive que dá um basta e esclarecer as coisas (para mim mesma), não pude deixá-la boiando por lá. Imagina só se eu tivesse que ficar pensando compulsivamente se eu sou ou não compulsiva. huahauhauahauhau
Ok! Eu li isso aí: "As compulsões, comportamentos compulsivos ou aditivos são hábitos aprendidos e seguidos por alguma gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade e/ou angústia. São hábitos mal adaptativos que já foram executados inúmeras vezes e acontecem quase automaticamente."
Será? Será que eu estou remendando alguma coisa por aqui? Será que virei uma espécie de colcha de chita? hummmm... Será? (vou ter que pensar compulsivamente sobre isso).
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Por vias das dúvidas, estou indo para cama com meu gato.


beijos beijos beijos


Que droga você consome? TV ou heroína?
Está aí um filme extremamente real. Um filme que me atingiu, com certeza, como poucos. A forma como o filme expressa por meio de atitudes dos pesonagens a mente deles, é realmente incrível.
Indico e indico mesmo! Assistam.
Ah! E não deixem de ouvir com atenção a trilha sonora... sinceramente... maravilhosa!

26.1.10

Se dançar assim...

Droga de mundo caduco! Mundo desconexo com tudo! Mundo em tudo e em mim. E eu, teimosa que sou, insistindo em fazer sentido. Insistindo em fazer som de riso (hihi).
A dor pecorreu meus vasos me entorpecendo de maneira rápida, como num pulsar de coração. Rápido demais para que eu podesse desviar minha mente para qualquer outra coisa menos lesiva. Rápido demais para ao menos dar tempo de sentar. Cai.
Não poderia ser diferente. É assim que as coisas são, é assim que as coisas costumam acontecer. A gente cai e levanta para dar-mos o nosso próximo passo de dança.
E eu, teimosa que sou, insistindo em ter consciência de que ritmo eu vou. Insistindo em sentir este mundo. Insistindo em viver este mundo... de olhos abertos. Mesmo que isso me deixe tão exposta, à mercê de injúrias e mal feitos.
Mesmo que este mergulho profundo em mim mesma me leve a desorientação. Como se mergulhando em águas tão escuras como as minhas, jamais saberia para que lado nadar, para que lado me levaria a superfície para respirar novamente ou para o solo náutico, onde me enterraria. É bem mais sociável ser rasa, bem mais seguro também. Pena eu não ser segura.
Mas tudo poderia ser tão diferente. Tudo poderia ser tão confortável e fácil... como respirar. Por que eu sou exatamente certo para você, eu sou o caminho natural que sua vida teria tomado se o mundo fosse do jeito que deveria ser. Se o mundo não fosse doente e caduco, se não houvessem monstros. Se toda essa sujeira não tivesse poluído nossas águas. Se o mundo fosse mais são, talvez eu me arriscasse em ser mais "Sam".

E aí uma música, dentro das minhas preferidas no mundo.


"Se julgando amada ao som dos bandolíns"

23.1.10

À noite

Bem, parece-me que isto está ficando um tanto quanto repetitivo, mas... que seja, eu não tenho culpa se à noite me acontecem coisas tão necessitadas de escritas por aqui.
Sim, foi à noite, ou à madrugada, não sei. Sei que tem 3 dias que não consigo dormir antes das 2 da manhã (isso tá virando rotina), pensamentos, vocês sabem como é. E aí acabo dormindo de exaustão quando o dia está quase amanhecendo, o sono acaba sendo pesado e escuro... mas não deixa de ter sonhos. E ontem eu sonhei algo bem engraçado: eu estava sentada em frente a uma penteadeira, um espelho em cima dela em que eu me olhava, a penteadeira repleta de pinos (risos). Sério, pinos de brinco e eu com um brinco bonito na orelha e ia experimentando os pinos, tirava e colocava outro no lugar, sequencialmente.
Acordei, como era de se esperar, intrigada com o sonho e antes que ele pudesse cair na vala do esquecimento como tantos outros, decidi descobrir o que ele significava. Tá bom, eu sou boba o bastante para acreditar em significados de sonhos, eles já me disseram muitas coisas antes tá?! (bico - riso)
Enfim, procurei em um site que dizia significar uma desilusão amorosa (interessante), dificuldade financeira (realmente - fim de mês...), insucesso generalizado nos próximos sete dias (ahhhhhhhhhhhhhhhhhh - tragédia). kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Fiquei irritada, porquê esses sites sempre tem previsões catastróficas da vida da gente??? Uai. Bem, acabei tendo que analisar o fato e ele não deixou de ser verdadeiro nas duas opções anteriores o que me fez querer ficar em casa nos próximos sete dias, quieta esperando as horas passar. Hum! Como se eu fosse capaz de fazer uma coisa desta!!!
Depois de minha mente doentia já ter rodado em meio mundo de coisas, ela parou em uma frase de Clarisse que tinha lido recentemente "a tragédia de viver existe sim e nós a sentimos. Mas isso não impede que tenhamos uma profunda aproximação da alegria com essa mesma vida."
Não é bárbaro este pensamento. Você sorrir mesmo vivendo uma tragédia particular?! Você se deixar viver, se deixar sentir as coisas mais belas da vida, mesmo que esteja algo lhe preocupando?! Seria incrível se todos com partilhassem desta mesma ideia.
Dessa forma eu decidi sair. Brincar! Sorrir! Dançar com o vento, aproveitar as pequenas coisas da vida! Elas que merecem tanto ser vividas. Fazer alguém descobrir que precisamos de muito pouco para ser felizes. Deixar de acreditar que amor de verdade só existe na impossibilidade!
Mas por via das dúvidas, não vou usar brincos esta semana! kkkkkkkkkkkkkkkkk
Oh! É a treva! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Uma musiquinha bunitinha para ôcês curtirem. Com uma fotografia belíssima também.beijos



Você se encontrará em algum lugar, de alguma maneira...

19.1.10

Não deixa o bolero morrer

Hoje, meus pensamentos me acompanharam até trabalho e ao sair de lá, estavam eles a minha espera, também, como nada nem ninguém nunca faz. Eu suspirei ao vê-los lá a minha espera e agradeci pelo deserto que a rua em que eu trabalho fica às 21 horas, quando eu saio. Isso me dá a liberdade de colocar fones em meus ouvidos e cantar alto para espantar meus pensamentos, tão inconvenientes, tão dolorosos. Deu até, para certos momentos, gemer baixinho sem me preocupar se alguém me ouviria.
Hoje, eu fui desmontada... fiquei em pedaços, em recortes, tentando me lembrar como se respirava, como faria meus pulmões funcionarem bem com mais um buraco em meu peito, tentando me abraçar o máximo possível na tentativa de me manter junta e seria bem difícil não pensar, bem difícil. Certas palavras iam e voltavam em minha cabeça, martelando, insistindo em ganhar vida. Mas não ouso em dá-las voz, não mesmo.
O que eu queria mesmo, agora, era me montar de novo e sei que farei com tempo. Mas tenho medo do vento levar algumas partes de mim, embora. Seria uma pena.
Um pena!

E o que eu posso dizer depois de tudo: Que eu gosto muito de ti!
E o que eu posso pedir depois de tudo: "Não deixa o samba morrer, não deixa o samba acabar"
Vale a pena tentar. "Sempre vale a pena quando a alma não é pequena"

12.1.10

Quero-te em meu sono

Porque te escolho, neste sussurro sem retorno? Porque te quero no meu sono, se iluminaste sobretudo o que não fui? Morreste-me antes que eu morresse e não consigo morrer sem ti. Nunca consegui. Todos os dias da minha vida estive contigo. Como se todas as amizades anteriores fossem só o caminho para chegar a ti. Como se todas as amizades posteriores fossem apenas a ausência de ti.

Inês Pedrosa, no livro Fazes-me falta

Bem, creio que não seja surpresa por aqui que eu não sou assim... uma mulher boa de cama. (não é o que vocês pensaram, ¬¬). Fato, é que meus sonos são um tanto contubardos, um tanto instáveis. Horas durmo como uma pedra, praticamente em coma. Horas... são tantas insônias. Fora os sonhos, tão agitados, tão pertubados que me acordam e me impedem de dormir novamente. Infelizmente, dormir mal já é uma rotina pela qual me acostumei desde a infância.
Mas ontem a noite... hum! Ontem à noite foi exagero. Por pouco não me tomava como louca. Por muito pouco.
Tudo bem que ultimamente tenho dormido muito pouco, apesar de me deitar cedo e tudo mais, ainda fico rolando na cama... repassando o dia que se foi, programando o dia que virá. Pô, tenho que arrumar algo para fazer nestes momentos perturbadores e intermináveis, néh?! Acabo dormindo duas, três horas por noite, apesar da sensação de ter dormido somente dois, três minutos. Enfim, quase um cochilo. Quase um triscar de olhos.
Engraçado como os dias passam tão rápidos e agitados, enquanto as noites são intermináveis. Em suma, realmente ando um pouco letargia por causa disso, raciocínio lento, corpo cansado, às vezes paro até de falar. Sabe quando a gente perde o olhar e fica apenas parado, vazio. Ando assim de vez em quando, creio que seja uma forma que meu corpo arranjou de recuperar a minha mente da exaustão. Mas, apesar de tudo isso, fico meio que em duvida se isso seria suficiente para provocar tal delírio.
Bom, deixe eu me encurtar e contar de uma vez o ocorrido.
Tudo começou... (hehe - senta que lá vem a história!)
Ontem a noite, depois de rolar umas trezentas mil vezes na cama por conta do calor absurdo que esta fazendo nesta cidade infernal, consegui pegar no sono. Sono leve, daqueles que qualquer vento na janela te acorda. Mas bem, não estava ventando, então, dormir mais longamente. Daí que aconteceu.
Acordei com um pulo, com uma sensação de vazio. Procurei ele por todos os lados, rodei a cama, levantei, rodei a casa. Não achava em parte alguma. Ele saiu sem me avisar? Não me acordou e foi embora, me abandonou. Não podia ter feito isso comigo. Cambaleava pela casa me perguntado onde estaria, se voltaria?! Que tipo de pessoa me deixaria sozinha na cama?!
Deitei-me novamente, meus olhos pesados, meu corpo sem o seu abraço. Como pôde?!
Voltei a dormir e de repente, tornei a acordar me achando uma louca. Como poderia procurar alguém que nunca esteve ali. Sim, eu fui para cama sozinha, ninguém estava ali, nem esperava por sua chegada. Uma louca. Estava só, iria permanecer só. Ele não havia me abandonado, ele só não estava ali, nem chegaria. Pelo menos não naquela noite. Um louca. Voltei a dormir.
Pela manhã, quando o despertador tocou, abri os olhos e lembrei do acontecido, ri um riso meio sem graça, meio envergonhado. Mas estava tão cansada, mas tão cansada que fechei os olhos novamente meio que "sem quer-querendo", estava longe de poder prolongar meu sono. Até que senti as mãos dele me acordar e aí que pirei de vez. Já tinha dito que ele não estava, como assim agora ele aparece do nada, para me acordar. Olhei imediatamente para o lado de onde vinha não só as suas mãos como também, o seu cheiro... mas nada vi.
huahauhauahua. Imagina só!
Por isso lembrei deste trecho da poeta portuguesa Inês Pedrosa (que foi um custo achar). Por que é como se sentir falta de alguém que nunca esteve ali. É como sentir saudade de cotidianidades com alguém, como se ele estivesse ali todos os dias, em sua sala, em sua cozinha... mas, simplesmente, nunca esteve. E por isso é tão difícil se permitir morrer, neste breve sono, sem a presença deste alguém. Aquela pessoa que você nem conhece, mas se reconhece.


*
Talvez minha alma esteja enamorada enquanto eu durmo.
*
*
*
Porque realmente, ADORO este filme!
Nada como se reconhecer em um estranho!
Hello stranger

9.1.10

Tudo por causa de uma pinta

Hum! Estava aqui, eu e meus botões...pensando (pra variar).
Fazendo umas contas, coisa boba. Hum! O certo é que acabei indignada, injustaçada, reprimida e arrasada. (riso)
Veja bem, tudo começou na quinta, quando fui a uma consulta médica. Nada de mais, fui a um dermatologista para uma reavaliação (que devo fazer de 6 em 6 meses. no mínimo - um porre!) de um sinal que tenho na face. Um charme (hihi), mas com toda aquela história de ser um sinal propício a se transformar em câncer. Enfim, vou lá regularmente e daí, ele vem com aquela lente enorme que parece até que ele vai acabar enxergando dentro de mim (descobrindo todos os meus segredos - oh Good!) e fica lá fazendo análise do tamanho, coloração, borda, irregularidade e blá blá blá. Até foto ele tira para comparar de um semestre para o outro, diz que a qualquer alteração ele tira a pobre da minha pinta, uma pena porque eu a adoro.
Whatever, acabei fugindo do assunto. Fato é que, ao chegar e me apresentar para a consulta, durante toda aquela burocracia corriqueira de entregar carteira do plano, identidade e etc, a secretaria começou a confirmar alguns dados como telefone, endereço, enfim, essas coisas e daí que veio a grande pergunta: "Você ainda continua solteira, Sâmela?". Tipo, como assim, AINDA? Hum! Será tão absurdo estar, AINDA, solteira aos 24 anos? Pensei em chegar para ela e dizer: "Por acaso, você está me chamando de encalhada?", mas como quem muito pensa, pouco faz (segundo um amigo), abaixei a cabeça e disse "Sim!". (riso, muitos risos). "Nem namorado tenho, quanto mas marido" disse a ela, num tom de voz baixo para poucos escutarem o crime cometido.
O acontecimento acaba aí, mas como de costume, o fato rendeu em minha cabeça. Huahua (miserê) Com isso acabei lembrando de outros detalhes sórdidos da minha vida, o que me fez, como relatei antes, ficar indignada, injustaçada, reprimida e arrasada. (risos muitos)
Primeiro, lembrei do fato de quê eu já fiquei pra titia desde os meus cinco anos (quando nasceu minha primeira sobrinha). Ponto para o encalhamento. Depois, lembrei que recentemente ao terminar com meu último namorado, meu cunhado me disse, depois de um riso meio suspeito "Rapaz, você não fica com ninguém (risos dele, novamente, ¬¬), só não pode ficar para titia hem?!". Afe! Mas um ponto pro encalhamento. A terceira se resume a um nome, "Miguelito", meu gato, sim, eu tenho um gato. E me digam vocês mesmos, qual o único animal que está presente em TODOS os lares de típicas mulheres solteiras, independentes, bem resolvidas profissionalmente e totalmente solitárias de TODOS os filmes existentes no mundo... o gato! (as famosas "mulheres dos gatos") Outro ponto para o encalhamento. E a quarta e pior de todas, minha sobrinha acaba de ter um filho. Hum! Hãm! E isso me torna... hum! É, isso me torna tia-avó. kkkkkkkkkkkkkkkkkk (risos, muitos risos). Eu sou tia-avó. kkkkkkkk Pior que ficar para titia, é ficar para titia-avó. kkkkkkkkkkkkk
Gente, o encalhamento me ganhou de lavada. Estou arrasada! Me sinto tão... encalhada. (risos)
E aí lá vai eu fazer umas continhas. Bem, é um desejo meu... ter um filho (ok). Outro desejo meu é... tê-lo, por meio de um parto normal (ok). Sabendo-se que é quase impossível um médico fazer um parto normal depois que a mulher passa dos trinta anos... bem, isso me dá cinco anos e 6 meses para namorar, noivar, casar e ter um filho. Ohhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!! Good!!!!!!!!!!!!! Pouco tempo, pouco tempoooooo!!!!!
E eu ainda achei graça do "AINDA"!!!!!!! (risos irônicos) Fora que, já foi dito por aí que uma mulher solteira com mais de 35 anos tem mais chance de ser morta por um terrorista que se casar. E se essa mulher for tia-avó, então... hummmm!!!! Pense!!! Que loucura! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Antes fosse homen! Homen não tem problemas com isso, casam quando querem, tem filhos quando bem entendem, sem nenhuma restrição. Homens não passam por este tipo de repressão.
Depois vocês me pergunta o porquê do indignada, injustaçada, reprimida e arrasada.
Olhem, me deixem viu! kkkkkk Vou dizer uma coisa, depois de tudo isso, o que me resta fazer é curtir minha solteirice. E, se caso for... pular algumas etapas. huahauhauahaua.
Ah! Não se preocupem, além do indignada, injustaçada, reprimida e arrasada, estou também, muito tranquila. Afinal, as coisas apenas acontecem... tranquilamente, como folhas soltas no ar. Não teria graça alguma se não fosse assim.
Como diz Machado de Assis: "Não precisa correr tanto, o que é seu às mãos lhe há de vir..."

Bem, tudo aí em cima foi pra dizer que assisti "Alvin e os esquilos 2" e adorei!!!
^^ Principalmente esta parte aí, que me acabei de rir:
kkkkkk



I got gloss on my lips, a man on my hips
Hold me tighter than my Dereon jeans

4.1.10

Pé de gente

Assim que a porta bateu em minhas costas começou a chover dentro de mim. Sensação gostosa de ser molhada por dentro e uma leve brisa passou provocando arrepios... de dentro, do centro... pra fora, pra pele e da pele pros pêlos (todos os pêlos). Minhas pernas e coxas, minha barriga, meus meios e seios... molhados, inteiros.
Mas, ao mesmo tempo, uma sensação triste, de pleno vazio que se deu, de frio, de desaconchego, de pouco chamego, de breu... que deixou chover em mim.
Meu corpo virou rua deserta, no meio da noite, iluminada apenas pela luz da lua, lá longe, quase escura, quase nua, chovendo uma chuva fina e gelada. Uma estrada, caminho de pele e pêlos, cheio de curvas e entremeios, caminho de dentro... sem fim ou de fim obscuro, sem um pé de gente!
Assim que a porta bateu... não deveria ser assim, mas quem controlaria estas coisas? Impulsos nervosos de carne e osso... se contorcendo sob a sensação da chuva infinda que tombou em mim.
Ninguém chegou. Ninguém chegou, nem por um momento, a habitar aquelas terras inóspitas, às de dentro.
E eu mesma fiz questão de me lavar por dentro e depois fiz questão de me enxugar numa toalha velha, mas quente. Pijama, caneca e cama. Foi o que eu fiz. Dormir. Um sono leve e longo. E ao acordar, me vi limpa e pronta. Pronta para ir em frente... sempre.
Vestida de cor e de pés descalços, andei um pouco, distraída, com os olhos perdidos em coisa qualquer, coisa qualquer de cor (como eu), vi um sofá velho, longe... fui em sua direção e sentei. Fiquei a pensar... fiquei a pensar... fiquei a pensar. Às vezes, a gente sai junto, às vezes, a gente sai só.
Suspiro! Levanto! Tenho o que fazer!



"Eu não creio que alguém sinta-se do modo
como me sinto a seu respeito neste momento."

3.1.10

Boas vibrações

Isto mesmo! Ainda estou no espírito do "feliz ano novo", então aqui lá vai mais boas vibrações
e...
e...
e...
Bom feeling eêêê!!!!
(risos soltos) - Deixa a janela do sorriso aberta que coisa boa desperta!!!!
Perdoem-me as besteiras... é que, sinto-me bem!
Dançando com o vento!
Despreocupada!
Louca, desvairada! huahauhaua
besitos

1.1.10

2010

"De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos começando,
A certeza de que é preciso continuar,
E, a certeza de que podemos ser interrompidos...
antes de terminar.
Façamos então, da interrupção um caminho novo,
Da queda, um passo de dança,
Do medo, uma escada,
Do sonho, uma ponte,
Da procura, um encontro!"

Fernando Sabino

Pois é, minha gente. Mais um ano começando! Mais um ano para conquistar-mos coisas novas e concertar-mos coisas velhas! Mais um ano para tentar de novo! E façamos nossas apostas!!!!

Eu poderia dizer que neste ano espero... sucesso! (risos soltos) Sim, porque, veja bem! Quando era criança, sempre admirei essas mulheres independentes que trabalham, se bancam e são profissionais de sucesso e ganham bastante dinheiro também, é claro! E... bem, a parte do trabalhar bastante eu já faço, mas falta-me o sucesso e o dinheiro também. kkkkkkk. Então desejo-me sucesso!!! Mesmo porque, este ano me formo e realmente desejo ser esta profissional em que me espelhei. huahauhau

Enfim, posso dizer então que estou a espera do sucesso!!!! Ou do prêmio na loto de 130 milhões! kkkkkkkk. Ele também serve! kkkkk

Enfim, queria dizer mesmo é que estou feliz por o ano ter acabado. Ano complicado e triste, foi este que passou. Pelo menos um pouco mais da metade dele, porque posso dizer que o final do meu ano foi ótimo. Mas assim como o ano que começa, começa também a esperança de um ano melhor, um ano mais feliz, mais em paz de espírito, um ano de amor (com certa certeza (hihi)). E eu já tenho 50% das chances, o que é muito bom. O resto pode deixar comigo! huahuahau

E para vocês, meus caríssimos leitores, desejo-lhes tudo de melhor. Realizações, conquistas, alegrias, saúde, paz, muitos sorrisos e beijos bem distribuídos por todo o ano.

Peguei isto aqui, enquanto estava passeando pela net, previsões para este ano 10! E que assim seja:

"Segundo a astrologia o ano será regido por Vênus, a deusa do amor.

O calendário chinês diz que o ano será do Tigre, por isso, haverá muita coragem.

O Tarô garante que a carta que determinará nossos caminhos será a Imperatriz, que representa a vontade de crescer.

Os pais de santo que 2010 será regido mesmo por Oxalá, o pai dos orixás, que simboliza a paz.

A numerologia afirma que vibraremos todos a três, ou seja, 2+0+1+0, e que a influência do 3 remete à criatividade…"

Ou seja, de alguma maneira, este ano promete! (risos)

FELIZ ANO PARA TODOS!

E que façamos por merecer cada sorriso. kkkkk

"Mas se desejarmos fortemente o melhor e,
principalmente, lutarmos pelo melhor...
O melhor vai se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo,
e não do tamanho da minha altura."

Carlos Drummond de Andrade

(Oh! Maldição, mal começa o ano e já começo com mil citações!!! Sorry! Não pude evitar, estou cheia de esperanças que ganhei de presente no natal!)

Aí esta um vídeozinho de um filme que amoooooo! "O jardin secreto". Há uma passagem no filme, em que, o jardin volta a florir depois de anos abandonado (e é uma passagem linda de fazer os olhos lacrimejarem - pelo menos os meus). E é isto que acredito, que assim como os jardins, nossos corações sempre poderão florir novamente, mesmo depois de secar e ter espalhado pelo chão só folhas secas, mesmo depois de ter sido abandonado e machucado, ele sempre poderá sorrir novamente. Só precisa de um pouco de cuidado e atenção (duas coisas que cura todo o mal do mundo)! E um novo ano é um novo começo, é uma nova oportunidade de plantar coisas novas e colher coisas boas. Então, viva!

PS: Também não posso evitar o trocadilho do "ano novo, filme velho (bem velho - 1993)", mas enfim, é um filme que fala de esperança e de conquistas e isso é eterno não é mesmo?!