19.9.10

Prendia o choro e aguava o bom do amor


às vezes, inconscientemente, ainda conto os dias...... e faço isso desejando que eles passem o mais rápido possível.

27.5.10

A outra metade não importa muito

Me deixou como um recuerdo uma falta de gosto pelas pessoas & coisas.. Trata-se de uma decepção diferente: não penso obsessivamente, não tenho vontade nenhuma de ligar nem de escrever cartas, não tenho ódio nem vontade de chorar. Em compensação também não tenho vontade de mais nada. Uma grande, uma enorme, uma devastadora falta de saco para qualquer pessoa.

...

Não consigo escrever, não tenho tentado. Fico me enganando. Tenho pensado numas coisas muito cruéis a respeito. Sempre pensei que literatura justificava minha vida. Começo a perceber que. Não sei que começo a perceber. Tenho medo de não escrever nunca mais. Escorregar cada vez mais fundo nesse esvaziamento.
Deixa pra lá.

...
Carta queixosa, depressiva. 50% é astral de gripe. A outra metade não importa muito.

Caio F. à Maria Clara (80/82)

22.5.10

Às vezes, me dá vontade ser bicho

“Eu sou mansa mas minha função de viver é feroz”

Clarice Lispector

De vez em quando sinto esta vontade besta de ser bicho, só para olhar de outros ângulos. Viver de instinto, espreitando, farejando, mordendo, lambendo, arranhando. Bicho sabe se permitir.



"VC ME FAZ SENTIR COMO O RIO AMAZONAS CORRENDO ENTRE MINHAS COXAS"

14.5.10

Aquisição pela perda

“…e depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro…”

Caio Fernando Abreu

Estava a pensar nisto hoje, ao acordar preguiçosamente em plena sexta feira. O que sobra da gente depois de tantas tentativas furadas? O que sobra de nós? Restos ou essência? Será que de todas as experiências conseguimos tirar lições, aprendizado, crescimento espirital e afins ou isso é mero conto de fada, história para boi dormir? Quando o que acontece não tem relação nenhuma com você, pelo menos aparentemente, e acabamos sem ter nada o que fazer. Quando ficamos de mãos atadas e só podemos aceitar. Quando se ouvi um "não sei, só sei que aconteceu". E nada do que você tenha feito ou deixado de fazer levou aquilo. Você só olha e vê a "coisa" acontecer, sem ter nada que possa se fazer, argumentar, chorar, nadar. Você só olha e mais nada. Quando as coisas acontecem! O que você ganha? O que você aprende?
Passei a semana inteira fugindo dos meus pensamentos. Da hora que acordei a hora que me deitei, eu fugia deles como o cão foge da cruz. Trabalhei muito, adiantei minha monografia em dezenas de páginas, li horrores... etc etc etc, nos caminhos cantava, nas paradas conversava, nos silêncios gritava. Não pensei! Não deixei que eles tomassem conta de minha cabeça. E hoje, em plena sexta feira (dia livre de tudo) abri os olhos, suspirei e finalmente me deixei levar.
E o que sinto é cansaço e não aprendizado, a exaustão de nadar por mares revoltos e naufragar mais uma vez e não satisfação por ser no momento uma pessoa melhor. Não, não é isto, engano meu, o cansaço, não foi pelo naufrágio... foi pela fuga dos pensamentos que agora me tomaram. A semana propositalmente cheia foi que me cansou. O naufrágio? Bem... não sei definir, ou eu fugi tanto que me distanciei o suficiente para não sentir nada em relação a isto ou criei resistência. Sentimento calmo que afunda no meu peito e faz nas areias molhadas do meu coração seu leito... de morte. Ainda procuro a aquisição pela perda.
Mas vou dizer algo essencial. Ontem, quando finalmente terminei minha monografia as 2:47 da madrugada fui tomar um banho e... puta que pariu, não tinha uma calcinha limpa!
UMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Las-quei-ra! O que leva uma pessoa a deixar todas as calcinhas sujas?
Fui lavá-las, sim na mesma madrugada. Eu poderia dormir sem elas, mas passar o dia seguinte sem nenhuma é um pouco desconfortável. Iria lavar três ou quatro, só para me manter abastecida até algum momento diurno que eu pudesse lavar as outras... bem, acabei lavando todas. Fui dormir as 4:30 da manhã. Satisfeita por te calcinhas lavadas. Cheia de planos em comprar mais calcinhas daquelas bemmmmmmmmmmm pequenas... só para aumentar o estoque e não ter que lavar tanto pano de madrugada.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ah! Vai dizer que isso não é essencial. Afe!
hihi
Beijos, vou indo satisfazer uma vontade momentânea:
Dançar Amy de salto alto e calcinha... agora limpa! Essencial não achas?


11.4.10

Amor não aceita adiamentos ou concessões. Pede sempre o mais difícil e para agora. FC

“Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida.
Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver
o que não entendo – quero sempre ter a garantia de
pelo menos estar pensando que entendo,
não sei me entregar à desorientação”
Clarice Lispector, em A Paixão Segundo G.H


Ah! Como eu queria viver de certezas. Que inveja eu tenho daqueles que falam "Eu tenho certeza absoluta!". Eu não tenho, são poucas as coisas das quais intitulo como certezas e até estas já me pregaram peças. Queria poder ter certeza disso que vivo hoje, mas como tê-la?

Como esperar isso de alguém que esqueceu seus sonhos numa noite de sofrimento? Como esperar esta certeza de alguém que já perdeu a fé em amor de contos de fadas, em olhar que desconcerta, em abraço que protege, em metade que faltava? Alguém que já não sente falta de nada, alguém que já se sente completa sozinha e já não espera ninguém que a complete. Alguém que já não esperava telefonemas durante a noite, email's recheados durante o dia, declarações delicadas de fim de tarde. Como esperar certeza de que isso tudo existe de uma pessoa que acumulou buracos tão profundos no peito? Quase abismos, quase infinito... do tipo, que não se ouve mais o barulhinho da chuva tocar no chão... caindo sem nunca chegar a superfície. Como esperar a certeza deste romance de alguém que caiu sem nunca achar um chão para se apoiar?

Mas hoje, hoje eu sei que não preciso da certeza. Hoje eu estou arriscando. Hoje eu me entrego a desorientação!!!! Ela é doce, ela é confortável. Prefiro eu acreditar no melhor. Além do mas, a gente nunca tem certeza, nunca, mas a gente arrisca e se entrega, mesmo porquê, certezas é para aqueles que não amam o suficiente. Foi isso que li um dia e espero que esteja certo por que agora não tem mas volta, eu não espero que alguém me complete... eu espero que alguém me transborde e eu já fui transbordada. Transbordada em riso, em colorido, em desejo e folia. E meus versos não mas, falarão de uma saudade melancólica e sim em melodia de rumba. E meus dias estão recheados de suspiros e assobios de nossa canção inédita.

Não desejo encontrar alguém que me complete,
é pouco, mas que me transborde,
até o final cansar e ser só início.

Fabrício Carpinejar

E mesmo que agora esteja longe, eu sei que estamos perto. E mesmo que tudo pareça tão rápido, eu sei que sentimos no mesmo instante que nos vimos e tudo que veio depois só foi para confirmar o que já era certo dentro de nós.

E chega de certezas! Eu até entendo que na correria do dia a dia, na velocidade que os olhos percorrem as páginas, se possa trocar a vírgula pelo ponto. Ou até entender como ponto uma vírgula. E isso aumentar tudo, quando a distância é bem menor. E nem precisamos converter as unidades. Basta converter interrogações em exclamações, reticências em dois pontos, pranto em riso, um falso amor em sincera declaração.



A qualquer momento, em qualquer lugar me perco em você, para me reencontrar!

28.3.10

Novas pequenas aquisições ou Águas de março


Março. Passou arrastado, como quem não quer ir embora, mas é obrigado. E por mas que se acumulasse coisas a fazer, por mas que dedicasse cada minuto a uma atividade, ainda assim, o tempo arrastava. Quase um milhão de anos por segundo. E por mas que se procurasse ar para respirar no meio de tantos acontecimentos, só se encontrava asfixia.
Sim, dedico apenas uma postagem a este mês. Pois este mês foi prático e não teórico. Este foi o mês das ruas, dos becos, dos trechos, dos córregos.
E o que dizer de um mês de tempo tão curto e arrastado? O que dizer de um mês que trouxe em si a própria oposição. O sim e o não. E tantos e tantos acontecimentos. E depois disso tudo, vocês ainda se admiram o porque que eu não apareci por aqui?
Então vou ser mais direta. O mês de março foi resumido (se é que se pode chamar isso de resumo) para mim como: três estágios, trabalho, monografia, preparativos para formatura, curso de especialização, gato doente, provas de violino, vacinas, febre e aquisição de dois sinais lindos no rosto. kkkkkkkk
Este mês, este mês dramático (hihi) foi cheio de emoções. Cheguei a conclusão de que meu limite físico é bem maior do que eu imaginava. descobri que o dia pode ter 48 horas. Descobri que as semanas se emendam. Descobri que consigo ficar acordada por muito mais tempo. Descobri que as ladeiras do alto de ondina são enormes e que nenhuma preparação física, mesmo que intensa, lhe prepara para elas. Descobri pessoas maravilhosas.
O mês se arrastava e eu me arrasava junto com ele, de cansaço, de exaustão. E cada vez que eu dizia que não aguentava mais, eu aguentava um pouco mais. Cada vez que meu limite chegava eu ainda tinha muito o que fazer e o ampliava para mais um pouco. Mas eu não conseguiria nada disso se não fosse pela alegria de todos os dias de março.
Eu realmente não conseguiria subir e descer as ladeiras do alto de ondina, se não tivesse aquela soverteria no meio para refrescar a garganta e ri as besteiras diárias uns dos outros. Não conseguiria chegar lá se não fosse os risos mudos de uma senhora que não fala há muito tempo. Se não fosse pelo carinho e gratidão de quem eu tocava. Eu realmente não teria a força para levantar cedo todos os dias, até nos fins de semana, rezando para um dia doce, se não fosse cada pessoa que passasse o dia comigo. Se não fosse cada paciente e amigos dos estágios, cada aluno do trabalho, cada nota de sol. Se não fosse o riso.
Por isso que eu sempre digo, enquanto eu tiver rindo, está tudo bem.
E cada dia que passou, passou cheio de dentes. Conheci gente que já me conhecia e foi bem estranho. Liguei para pessoa errada e foi bem interessante. Descobri uns verdades esquecidas e foi bem educativo. Joguei sudoku com desconheçidos no ônibus e fez passar o tempo do engarrafamento. Desfilei de frente para uma câmera e estava bem vermelha. Reclamei do sol escaldante e da chuva torrencial. Curti os raios e trovões. Tive uma sensação saudosa que não sabia o porquê, primeiro culpei o clima, depois descobri, mas fiz questão de esquecer de novo. Resolvi coisas importantes. Revi pessoas importantes. Ganhei um vestido de cetim e dois sinais no rosto - lindos (já falei isso?).
Pois é, mês entupido esse. Mês proveitoso. O medo é que ele ainda não acabou. E pelo visto, até no fim, ele me reservou, acontecimentos no mínimo interessantes.
O que me resta é rezar: que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce.
Mas, acima de tudo, foi um mês de lucro com minhas novas pequenas aquisições. Dois sinais lindos no rosto (sabiam?). kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

19.2.10

Faxina

Fiz uma faxina na casa... a escuridão estava me deixando entediada...
Acho que tô preferindo as coisas branquinhas assim!!!
Além do outro template ter dado problemas.
Espero que gostem
beijos

Ah! Outro lugar que estava merecendo uma faxina foi minha casa. Gente, fazia uns três meses que minha descarga estava quebrada. Não, as coisas não estavam se acumulando por lá, pelo amor de GOOD!!!! Mas estava vazando e eu tive que fazer lá um armengue para poder "ativa-la". Tudo bem, eu confesso que tenho deixado minha casa de lado, mas é a coisa mais difícil do mundoooo achar um encanador. Afe! Mas eu procurei tanto, mas tanto! E os que achava dizia que vinha e nada. Eu já estava até me acostumando com todo o processo do armengue, como diz o ditado " a oportunidade faz o ladrão". Mas isso também tinha que mudar. Claro que eu não ia deixar para consertar isso em pleno carnaval, mesmo porque, se é que vocês não sabem, Salvador não funciona no carnaval. Mas... agilizei o processo e agora posso dizer: Acabou a confusão a descarga! ^^ êêêê!!!! uhuuuu!!!
Em compensação meu liquidificador já era...vem cá! Será que é uma revolta doméstica? Será possível, mal conserto um o outro quebra. Tenha santa paciência!
Minha mãe, é claro, não perde a oportunidade de dar a tacada: "Isso é falta de marido". ¬¬
Tanto faz, isso para mim é falta de um seguro "lar".
Mas tudo bem, fiz uma faxina e deixei minha casa tão branquinha como o layout daqui. Tudo cheirando a novo e funcionando perfeitamente bem (sim, comprei outro liquidificador na promoção da quarta feira de cinzas). huhauahau
E agora que já estou morta de cansada...cama!
beijos e beijos

Poque estava ouvindo isso aí enquanto dava um trato em mi house!


18.2.10

Sunshine

Não, eu não corri atrás de um carro alegórico carnavalesco. Nem fui pega pela euforia neurótica que exala de minha terra nesta época do ano. Não, eu não fui entorpecida por um olhar fatal que provavelmente me faria mãe de um dos chamados "filhos do carnaval". Nãoooo, eu não sai atrás do chicleteeeeeeeee!!!! A minha ausência aqui tem outro nome!
Hummmmmmmmmmm! Vou deixar vocês na curiosidade hem!!!!

Aqui vai um filme muito, muito bom, uma crítica inteligentíssima do sistema que nos impõe uma beleza padrão, uma beleza pronta e que todas as mulheres devem se enquadrar. E aqui vai uma das melhores cenas do filme. E também, lembra muito do que eu fiz o carnaval inteiro! Afe



AH! A foto aí, é do meu irmão "Chico Marques"! Créditos dele!

9.2.10

Lições para meninas


“Quis tanto dar, tanto receber.
Quis precisar sem exigências.
E sem solicitações, aceitar o que me era dado.
Sem ir além, compreende?
Não queria pedir mais do que você tinha,
assim como eu não daria mais do que dispunha,
por limitação humana.
Mas o que tinha era seu.” CFA

E todo tempo que passamos juntos, juntos ficamos como se fosse um só. Eu ainda que hesitei e desconfiei de tal coisa, mas cedi aos seus beijos e toques. Cedi as suas palavras e argumentos tão convenientes a uma mente sonhadora.
Lembra quando você me dizia que me dava a quantia exacta do carinho que mereço, que nada menos daquilo seria suficiente para mim?
Mas nunca chegou a me explicar que isto que me dava era uma amostra grátis e logo acabaria.
Você, iluminou meus dias, ganhou minhas noites, conquistou meus olhares e desejos.
E então tudo virou nada, por nada.
Ontem, ao ouvir a tua voz, um sorriso ainda se abria em meu rosto e eu poderia jurar que meus olhos começavam a brilhar.
Como eu poderia permanecer assim com alguém que já foi? E por isso, hoje, meu sorriso já não se abre, nem meus olhos brilham por ele.
Tenho medo da sua perfeição. Tenho medo de caras como você. Que convencem que são reais, que afirmam que coisas assim existem. Mas depois que você acredita e vive e deseja e quer aquele pedaço de paraíso, você acaba descobrindo que nada daquilo é real. Que ele foi só um sonho bom, daqueles que te fazem suspirar enquanto dormes e quando acorda... a cama está vazia.
É preciso por os pés no chão, mesmo que um ou dois lhe convença a flutuar?
Ou será que flutuar, mesmo que só por alguns instantes, valha a pena a queda?

"Pedras me ensinaram a voar

O amor me ensinou a mentir

A vida me ensinou a morrer

Assim, não é difícil cair

Quando você flutua como uma bala de canhão"

Cannonball - Damien Rice



Enquanto eu dormia, enquanto eu dormia
Você me levou à um floresta de cheiros
À um paraíso de toques, olhares e desejos
Enquanto eu dormia
E eu não conseguia, nunca conseguiria
Lembrar de mais nada além de tudo ali

Enquanto eu dormia em sua floresta de risos
Você me levou para viver em seu pescoço
Em seu
abraço, em seu peito moço
Enquanto eu dormia
Eu jamais conseguiria
Ver nada além daquilo, nada... nada


Enquanto eu dormia, calma e feliz
Aconchegada em suas almofadas e cantos
Você cantou para mim, sua canção de lábios e olhos

Enquanto eu dormia
Eu jamais conseguiria, eu jamais desejaria
Ouvir nada além daquilo que você me dizia

Enquanto eu dormia eu era inteiramente sua
Em pele e cheiro e olhos e boca e mão
E você era o rei maior de sua floresta de sensação
Enquanto eu dormia
E eu só conseguia sentir aquilo
Era tudo que eu sentia e eu sentia tudo

E quando eu acordar, quando eu acordar
Você vai ser meu sonho preferido
Meu sonho mais querido
Quando eu acordar
Mas não sentirei mas nada
Eu não sinto nada
*
SPP

E amor de verão só me faz lembrar isto ai:
O clássico Grease "nos tempos da brilhantina"
Maravilhoso. huahauhau

2.2.10

Vermelho

Sim, estou aqui outra vez
De volta à minha carne crua
Encarnada em minha pele nua
A minha vermelha nudez
Tão minha quanto sua

Estou faminta
Ah! Não minta
Tudo que restou desde então
Foi a saudade, a insônia, a ansiedade
Em tempos de miséria, abstinência e sobriedade
Sobraram os tremores, as vertigens, a explosão

Mas tudo passa quando você se encaixa
Em meus quadris e me abre em rachas
Me invade, me arde, me lasca
Em seu ritmo, em sua marcha
Movendo seu corpo que é pura excitação

E nesta mistura
De sangue, semên e saliva
Que me leva a loucura
E me deixa vida
E vermelha
Como pimenta rubra
De gozo, mordo... arranhão
*
SPP

Visitem as minhas páginas vermelhas!!!

31.1.10

O ar que respiro


“Se todo alguém que ama
Ama pra ser correspondido
Se todo alguém que eu amo
É como amar a lua inacessível
É que eu não amo ninguém
Não amo ninguém
Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro”
Não amo ninguém - Cazuza.

É isto, eu lhe digo, é isto. Se todo alguém que me chama e vem , aos meus braços, aos suspiros e sem dizer nada eu já sinto aquele amor que exala de teu peito, mas que nunca foi destinado a mim. Se é em meus ouvidos que chegam as boas novas de devoção e carinho, então é para o meu coração que está destinado o vazio. Se é a mim, a doce e confiável amiga que todos chamam para declarar suas amáveis expectativas, então devo ser eu a prometida para a função de expectadora de todos os romance já existido.
Durante muito tempo eu substitui um amor por outro, seguidas vezes, muitas vezes, sem intervalos. Mas faz algum tempo que sinto uma leve brisa soprando dentro do meu corpo, sem obstáculos, sem mobília, vazio. O vento passa de leve e de leve leva consigo a história de antigos amores, a poeira de outras dores, o pó das cinzas carbonizadas de outras sensações insensatas. Meu corpo é bem arejado. Leve e doce. Doce expectadora de amores.
Hoje, de verdade, eu não amo ninguém! Não amo ninguém assim, de forma romântica. Hoje eu não amo ninguém. Não tenho que escolher entre o novo e o antigo, entre o rico e o pobre, não tenho que optar entre o certo/seguro e o louco/intenso. Hoje, eu não preciso escolher entre aquele que me ama e não tem nada que eu quero e aquele que não me quer e tem tudo que desejo. Hoje, eu não preciso optar pelo céu ou pela terra, pelo herói ou pelo vilão. Hoje eu só assisto. Porque não amo ninguém. Porque hoje, sou eu que vejo a arte de amar e não sou a heroína romântica da história.
Hoje, eu não amo ninguém. E todos os meus antigos amores, foram como a lua, amores dentro das impossibilidades. O belo e longínquo. Nunca pude tocar o meus amores. E tocar de diversas maneiras, nunca pude tocá-los por fora nem por dentro. Nunca pude tocá-los por dentro, nunca pude conhecer o que se passava por trás dos seus olhares, por dentro deles eu nunca soube o que havia. Nunca pude alcançar isso, nunca pude alcançar a lua. Nunca pude tocar um coração.
E hoje é um dia, é O dia da distância e do silêncio. É o dia que vejo de longe o amor e isso me torna uma expectadora mais consciente do que acontece. Sem hormônios nem sensações entorpecendo a sanidade e desfocando a realidade. Eu sou uma expectadora atenta, sou uma expectadoras que ver melhor só pelo fato de estar de fora. E eu vejo, eu vejo tudo, eu vejo as mãos dadas nas ruas, eu vejo os beijos longos e molhados e os curtos e graciosos, eu vejo os olhares dengosos, eu ouço os susurros e os suspiros. Eu vejo o reluzir de alianças (não os anéis, as alianças de verdade), eu vejo os abraços apressados antes do parti do ônibus, eu ouço o tom saudosos das vozes nos telefones. Eu vejo o invisível e ouço o silêncio. E acho lindo! Acho lindo porque não me causa dor.
É, não amo ninguém e é só o amor que eu respiro!
Porque amor não é o último suspiro, amor é ar que respiro eternamente, como expectadora que sou.


29.1.10

Que droga você consome?

Me desesperei! Não, não, não! Mãe, cadê meu travesseiro? Afe! Esqueci, ela estava viajando. Eu, sozinha em casa, à noite, já não era algo de se confiar, eu sozinha à noite sem meu travesseiro... o mundo devia está preparada para alguma catástrofe de proporções megalomaníacas.
Meu travesseiro (bico), não durmo sem meu travesseiro de abraçar, não durmo sem agarrar ele ou ele me agarrar (nunca se sabe). Nem consigo fechar os olhos, quanto mas cair em sono profundo. Imagine, ter que passar a noite em branco por falta de um travesseiro. Imagine!
Imaginei, um friozinho subiu minha coluna, um agoniazinha em meu estômago. Tá, vocês devem está me achando louca por ficar tão irremediavelmente desesperada só porque minha mãe decidiu mandar minha almofada de abraçar para lavandeira sem me consultar em um dia que não vai estar para me ver rolando na cama ou aporrinhando ela a noite toda. (ela não viajou, ela fugiu) Vocês estão certos, eu também estou achando isso. Mas o que eu posso fazer? Isso não é racional é como instinto animal, meu instinto é abraçar almofadas (hihi - ridículo), é minha necessidade fisiológica, é meu vício.
Vício, temos tantos vícios. É um vício escrever aqui (e é perigoso também), é um vício comer chocolate, é um vício apertar botões, é um vício o sexo, é um vício estalar dedos, é um vício lamber a embalagem metálica do danette, é um vício enfiar a mão em saco de grãos, é um vício comer caqui, é um vício passar os dedos nos cabelos, é um vício ler, é um vício pensar...
Hum! Falando nisso! Em um pouco mais de duas semanas eu li quatro livros, acabei com metade de uma barra de chocolate inteira (daquelas grandes que compra para fazer fundi) além de comer compulsivamente outras bobagens, ando assistindo dois à três filmes ao mesmo tempo e acabo de descobrir que vou passar a noite inteira rolando sem meu Sr. fofo. Será que estou virando uma compulsiva, obsessiva, neurótica?
Afe! Só me faltava essa. Andei lendo um pouco sobre isso. Claro, quando a possibilidade veio em minha cabeça eu tive que dá um basta e esclarecer as coisas (para mim mesma), não pude deixá-la boiando por lá. Imagina só se eu tivesse que ficar pensando compulsivamente se eu sou ou não compulsiva. huahauhauahauhau
Ok! Eu li isso aí: "As compulsões, comportamentos compulsivos ou aditivos são hábitos aprendidos e seguidos por alguma gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade e/ou angústia. São hábitos mal adaptativos que já foram executados inúmeras vezes e acontecem quase automaticamente."
Será? Será que eu estou remendando alguma coisa por aqui? Será que virei uma espécie de colcha de chita? hummmm... Será? (vou ter que pensar compulsivamente sobre isso).
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Por vias das dúvidas, estou indo para cama com meu gato.


beijos beijos beijos


Que droga você consome? TV ou heroína?
Está aí um filme extremamente real. Um filme que me atingiu, com certeza, como poucos. A forma como o filme expressa por meio de atitudes dos pesonagens a mente deles, é realmente incrível.
Indico e indico mesmo! Assistam.
Ah! E não deixem de ouvir com atenção a trilha sonora... sinceramente... maravilhosa!

26.1.10

Se dançar assim...

Droga de mundo caduco! Mundo desconexo com tudo! Mundo em tudo e em mim. E eu, teimosa que sou, insistindo em fazer sentido. Insistindo em fazer som de riso (hihi).
A dor pecorreu meus vasos me entorpecendo de maneira rápida, como num pulsar de coração. Rápido demais para que eu podesse desviar minha mente para qualquer outra coisa menos lesiva. Rápido demais para ao menos dar tempo de sentar. Cai.
Não poderia ser diferente. É assim que as coisas são, é assim que as coisas costumam acontecer. A gente cai e levanta para dar-mos o nosso próximo passo de dança.
E eu, teimosa que sou, insistindo em ter consciência de que ritmo eu vou. Insistindo em sentir este mundo. Insistindo em viver este mundo... de olhos abertos. Mesmo que isso me deixe tão exposta, à mercê de injúrias e mal feitos.
Mesmo que este mergulho profundo em mim mesma me leve a desorientação. Como se mergulhando em águas tão escuras como as minhas, jamais saberia para que lado nadar, para que lado me levaria a superfície para respirar novamente ou para o solo náutico, onde me enterraria. É bem mais sociável ser rasa, bem mais seguro também. Pena eu não ser segura.
Mas tudo poderia ser tão diferente. Tudo poderia ser tão confortável e fácil... como respirar. Por que eu sou exatamente certo para você, eu sou o caminho natural que sua vida teria tomado se o mundo fosse do jeito que deveria ser. Se o mundo não fosse doente e caduco, se não houvessem monstros. Se toda essa sujeira não tivesse poluído nossas águas. Se o mundo fosse mais são, talvez eu me arriscasse em ser mais "Sam".

E aí uma música, dentro das minhas preferidas no mundo.


"Se julgando amada ao som dos bandolíns"

23.1.10

À noite

Bem, parece-me que isto está ficando um tanto quanto repetitivo, mas... que seja, eu não tenho culpa se à noite me acontecem coisas tão necessitadas de escritas por aqui.
Sim, foi à noite, ou à madrugada, não sei. Sei que tem 3 dias que não consigo dormir antes das 2 da manhã (isso tá virando rotina), pensamentos, vocês sabem como é. E aí acabo dormindo de exaustão quando o dia está quase amanhecendo, o sono acaba sendo pesado e escuro... mas não deixa de ter sonhos. E ontem eu sonhei algo bem engraçado: eu estava sentada em frente a uma penteadeira, um espelho em cima dela em que eu me olhava, a penteadeira repleta de pinos (risos). Sério, pinos de brinco e eu com um brinco bonito na orelha e ia experimentando os pinos, tirava e colocava outro no lugar, sequencialmente.
Acordei, como era de se esperar, intrigada com o sonho e antes que ele pudesse cair na vala do esquecimento como tantos outros, decidi descobrir o que ele significava. Tá bom, eu sou boba o bastante para acreditar em significados de sonhos, eles já me disseram muitas coisas antes tá?! (bico - riso)
Enfim, procurei em um site que dizia significar uma desilusão amorosa (interessante), dificuldade financeira (realmente - fim de mês...), insucesso generalizado nos próximos sete dias (ahhhhhhhhhhhhhhhhhh - tragédia). kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Fiquei irritada, porquê esses sites sempre tem previsões catastróficas da vida da gente??? Uai. Bem, acabei tendo que analisar o fato e ele não deixou de ser verdadeiro nas duas opções anteriores o que me fez querer ficar em casa nos próximos sete dias, quieta esperando as horas passar. Hum! Como se eu fosse capaz de fazer uma coisa desta!!!
Depois de minha mente doentia já ter rodado em meio mundo de coisas, ela parou em uma frase de Clarisse que tinha lido recentemente "a tragédia de viver existe sim e nós a sentimos. Mas isso não impede que tenhamos uma profunda aproximação da alegria com essa mesma vida."
Não é bárbaro este pensamento. Você sorrir mesmo vivendo uma tragédia particular?! Você se deixar viver, se deixar sentir as coisas mais belas da vida, mesmo que esteja algo lhe preocupando?! Seria incrível se todos com partilhassem desta mesma ideia.
Dessa forma eu decidi sair. Brincar! Sorrir! Dançar com o vento, aproveitar as pequenas coisas da vida! Elas que merecem tanto ser vividas. Fazer alguém descobrir que precisamos de muito pouco para ser felizes. Deixar de acreditar que amor de verdade só existe na impossibilidade!
Mas por via das dúvidas, não vou usar brincos esta semana! kkkkkkkkkkkkkkkkk
Oh! É a treva! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Uma musiquinha bunitinha para ôcês curtirem. Com uma fotografia belíssima também.beijos



Você se encontrará em algum lugar, de alguma maneira...

19.1.10

Não deixa o bolero morrer

Hoje, meus pensamentos me acompanharam até trabalho e ao sair de lá, estavam eles a minha espera, também, como nada nem ninguém nunca faz. Eu suspirei ao vê-los lá a minha espera e agradeci pelo deserto que a rua em que eu trabalho fica às 21 horas, quando eu saio. Isso me dá a liberdade de colocar fones em meus ouvidos e cantar alto para espantar meus pensamentos, tão inconvenientes, tão dolorosos. Deu até, para certos momentos, gemer baixinho sem me preocupar se alguém me ouviria.
Hoje, eu fui desmontada... fiquei em pedaços, em recortes, tentando me lembrar como se respirava, como faria meus pulmões funcionarem bem com mais um buraco em meu peito, tentando me abraçar o máximo possível na tentativa de me manter junta e seria bem difícil não pensar, bem difícil. Certas palavras iam e voltavam em minha cabeça, martelando, insistindo em ganhar vida. Mas não ouso em dá-las voz, não mesmo.
O que eu queria mesmo, agora, era me montar de novo e sei que farei com tempo. Mas tenho medo do vento levar algumas partes de mim, embora. Seria uma pena.
Um pena!

E o que eu posso dizer depois de tudo: Que eu gosto muito de ti!
E o que eu posso pedir depois de tudo: "Não deixa o samba morrer, não deixa o samba acabar"
Vale a pena tentar. "Sempre vale a pena quando a alma não é pequena"

12.1.10

Quero-te em meu sono

Porque te escolho, neste sussurro sem retorno? Porque te quero no meu sono, se iluminaste sobretudo o que não fui? Morreste-me antes que eu morresse e não consigo morrer sem ti. Nunca consegui. Todos os dias da minha vida estive contigo. Como se todas as amizades anteriores fossem só o caminho para chegar a ti. Como se todas as amizades posteriores fossem apenas a ausência de ti.

Inês Pedrosa, no livro Fazes-me falta

Bem, creio que não seja surpresa por aqui que eu não sou assim... uma mulher boa de cama. (não é o que vocês pensaram, ¬¬). Fato, é que meus sonos são um tanto contubardos, um tanto instáveis. Horas durmo como uma pedra, praticamente em coma. Horas... são tantas insônias. Fora os sonhos, tão agitados, tão pertubados que me acordam e me impedem de dormir novamente. Infelizmente, dormir mal já é uma rotina pela qual me acostumei desde a infância.
Mas ontem a noite... hum! Ontem à noite foi exagero. Por pouco não me tomava como louca. Por muito pouco.
Tudo bem que ultimamente tenho dormido muito pouco, apesar de me deitar cedo e tudo mais, ainda fico rolando na cama... repassando o dia que se foi, programando o dia que virá. Pô, tenho que arrumar algo para fazer nestes momentos perturbadores e intermináveis, néh?! Acabo dormindo duas, três horas por noite, apesar da sensação de ter dormido somente dois, três minutos. Enfim, quase um cochilo. Quase um triscar de olhos.
Engraçado como os dias passam tão rápidos e agitados, enquanto as noites são intermináveis. Em suma, realmente ando um pouco letargia por causa disso, raciocínio lento, corpo cansado, às vezes paro até de falar. Sabe quando a gente perde o olhar e fica apenas parado, vazio. Ando assim de vez em quando, creio que seja uma forma que meu corpo arranjou de recuperar a minha mente da exaustão. Mas, apesar de tudo isso, fico meio que em duvida se isso seria suficiente para provocar tal delírio.
Bom, deixe eu me encurtar e contar de uma vez o ocorrido.
Tudo começou... (hehe - senta que lá vem a história!)
Ontem a noite, depois de rolar umas trezentas mil vezes na cama por conta do calor absurdo que esta fazendo nesta cidade infernal, consegui pegar no sono. Sono leve, daqueles que qualquer vento na janela te acorda. Mas bem, não estava ventando, então, dormir mais longamente. Daí que aconteceu.
Acordei com um pulo, com uma sensação de vazio. Procurei ele por todos os lados, rodei a cama, levantei, rodei a casa. Não achava em parte alguma. Ele saiu sem me avisar? Não me acordou e foi embora, me abandonou. Não podia ter feito isso comigo. Cambaleava pela casa me perguntado onde estaria, se voltaria?! Que tipo de pessoa me deixaria sozinha na cama?!
Deitei-me novamente, meus olhos pesados, meu corpo sem o seu abraço. Como pôde?!
Voltei a dormir e de repente, tornei a acordar me achando uma louca. Como poderia procurar alguém que nunca esteve ali. Sim, eu fui para cama sozinha, ninguém estava ali, nem esperava por sua chegada. Uma louca. Estava só, iria permanecer só. Ele não havia me abandonado, ele só não estava ali, nem chegaria. Pelo menos não naquela noite. Um louca. Voltei a dormir.
Pela manhã, quando o despertador tocou, abri os olhos e lembrei do acontecido, ri um riso meio sem graça, meio envergonhado. Mas estava tão cansada, mas tão cansada que fechei os olhos novamente meio que "sem quer-querendo", estava longe de poder prolongar meu sono. Até que senti as mãos dele me acordar e aí que pirei de vez. Já tinha dito que ele não estava, como assim agora ele aparece do nada, para me acordar. Olhei imediatamente para o lado de onde vinha não só as suas mãos como também, o seu cheiro... mas nada vi.
huahauhauahua. Imagina só!
Por isso lembrei deste trecho da poeta portuguesa Inês Pedrosa (que foi um custo achar). Por que é como se sentir falta de alguém que nunca esteve ali. É como sentir saudade de cotidianidades com alguém, como se ele estivesse ali todos os dias, em sua sala, em sua cozinha... mas, simplesmente, nunca esteve. E por isso é tão difícil se permitir morrer, neste breve sono, sem a presença deste alguém. Aquela pessoa que você nem conhece, mas se reconhece.


*
Talvez minha alma esteja enamorada enquanto eu durmo.
*
*
*
Porque realmente, ADORO este filme!
Nada como se reconhecer em um estranho!
Hello stranger

9.1.10

Tudo por causa de uma pinta

Hum! Estava aqui, eu e meus botões...pensando (pra variar).
Fazendo umas contas, coisa boba. Hum! O certo é que acabei indignada, injustaçada, reprimida e arrasada. (riso)
Veja bem, tudo começou na quinta, quando fui a uma consulta médica. Nada de mais, fui a um dermatologista para uma reavaliação (que devo fazer de 6 em 6 meses. no mínimo - um porre!) de um sinal que tenho na face. Um charme (hihi), mas com toda aquela história de ser um sinal propício a se transformar em câncer. Enfim, vou lá regularmente e daí, ele vem com aquela lente enorme que parece até que ele vai acabar enxergando dentro de mim (descobrindo todos os meus segredos - oh Good!) e fica lá fazendo análise do tamanho, coloração, borda, irregularidade e blá blá blá. Até foto ele tira para comparar de um semestre para o outro, diz que a qualquer alteração ele tira a pobre da minha pinta, uma pena porque eu a adoro.
Whatever, acabei fugindo do assunto. Fato é que, ao chegar e me apresentar para a consulta, durante toda aquela burocracia corriqueira de entregar carteira do plano, identidade e etc, a secretaria começou a confirmar alguns dados como telefone, endereço, enfim, essas coisas e daí que veio a grande pergunta: "Você ainda continua solteira, Sâmela?". Tipo, como assim, AINDA? Hum! Será tão absurdo estar, AINDA, solteira aos 24 anos? Pensei em chegar para ela e dizer: "Por acaso, você está me chamando de encalhada?", mas como quem muito pensa, pouco faz (segundo um amigo), abaixei a cabeça e disse "Sim!". (riso, muitos risos). "Nem namorado tenho, quanto mas marido" disse a ela, num tom de voz baixo para poucos escutarem o crime cometido.
O acontecimento acaba aí, mas como de costume, o fato rendeu em minha cabeça. Huahua (miserê) Com isso acabei lembrando de outros detalhes sórdidos da minha vida, o que me fez, como relatei antes, ficar indignada, injustaçada, reprimida e arrasada. (risos muitos)
Primeiro, lembrei do fato de quê eu já fiquei pra titia desde os meus cinco anos (quando nasceu minha primeira sobrinha). Ponto para o encalhamento. Depois, lembrei que recentemente ao terminar com meu último namorado, meu cunhado me disse, depois de um riso meio suspeito "Rapaz, você não fica com ninguém (risos dele, novamente, ¬¬), só não pode ficar para titia hem?!". Afe! Mas um ponto pro encalhamento. A terceira se resume a um nome, "Miguelito", meu gato, sim, eu tenho um gato. E me digam vocês mesmos, qual o único animal que está presente em TODOS os lares de típicas mulheres solteiras, independentes, bem resolvidas profissionalmente e totalmente solitárias de TODOS os filmes existentes no mundo... o gato! (as famosas "mulheres dos gatos") Outro ponto para o encalhamento. E a quarta e pior de todas, minha sobrinha acaba de ter um filho. Hum! Hãm! E isso me torna... hum! É, isso me torna tia-avó. kkkkkkkkkkkkkkkkkk (risos, muitos risos). Eu sou tia-avó. kkkkkkkk Pior que ficar para titia, é ficar para titia-avó. kkkkkkkkkkkkk
Gente, o encalhamento me ganhou de lavada. Estou arrasada! Me sinto tão... encalhada. (risos)
E aí lá vai eu fazer umas continhas. Bem, é um desejo meu... ter um filho (ok). Outro desejo meu é... tê-lo, por meio de um parto normal (ok). Sabendo-se que é quase impossível um médico fazer um parto normal depois que a mulher passa dos trinta anos... bem, isso me dá cinco anos e 6 meses para namorar, noivar, casar e ter um filho. Ohhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!! Good!!!!!!!!!!!!! Pouco tempo, pouco tempoooooo!!!!!
E eu ainda achei graça do "AINDA"!!!!!!! (risos irônicos) Fora que, já foi dito por aí que uma mulher solteira com mais de 35 anos tem mais chance de ser morta por um terrorista que se casar. E se essa mulher for tia-avó, então... hummmm!!!! Pense!!! Que loucura! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Antes fosse homen! Homen não tem problemas com isso, casam quando querem, tem filhos quando bem entendem, sem nenhuma restrição. Homens não passam por este tipo de repressão.
Depois vocês me pergunta o porquê do indignada, injustaçada, reprimida e arrasada.
Olhem, me deixem viu! kkkkkk Vou dizer uma coisa, depois de tudo isso, o que me resta fazer é curtir minha solteirice. E, se caso for... pular algumas etapas. huahauhauahaua.
Ah! Não se preocupem, além do indignada, injustaçada, reprimida e arrasada, estou também, muito tranquila. Afinal, as coisas apenas acontecem... tranquilamente, como folhas soltas no ar. Não teria graça alguma se não fosse assim.
Como diz Machado de Assis: "Não precisa correr tanto, o que é seu às mãos lhe há de vir..."

Bem, tudo aí em cima foi pra dizer que assisti "Alvin e os esquilos 2" e adorei!!!
^^ Principalmente esta parte aí, que me acabei de rir:
kkkkkk



I got gloss on my lips, a man on my hips
Hold me tighter than my Dereon jeans

4.1.10

Pé de gente

Assim que a porta bateu em minhas costas começou a chover dentro de mim. Sensação gostosa de ser molhada por dentro e uma leve brisa passou provocando arrepios... de dentro, do centro... pra fora, pra pele e da pele pros pêlos (todos os pêlos). Minhas pernas e coxas, minha barriga, meus meios e seios... molhados, inteiros.
Mas, ao mesmo tempo, uma sensação triste, de pleno vazio que se deu, de frio, de desaconchego, de pouco chamego, de breu... que deixou chover em mim.
Meu corpo virou rua deserta, no meio da noite, iluminada apenas pela luz da lua, lá longe, quase escura, quase nua, chovendo uma chuva fina e gelada. Uma estrada, caminho de pele e pêlos, cheio de curvas e entremeios, caminho de dentro... sem fim ou de fim obscuro, sem um pé de gente!
Assim que a porta bateu... não deveria ser assim, mas quem controlaria estas coisas? Impulsos nervosos de carne e osso... se contorcendo sob a sensação da chuva infinda que tombou em mim.
Ninguém chegou. Ninguém chegou, nem por um momento, a habitar aquelas terras inóspitas, às de dentro.
E eu mesma fiz questão de me lavar por dentro e depois fiz questão de me enxugar numa toalha velha, mas quente. Pijama, caneca e cama. Foi o que eu fiz. Dormir. Um sono leve e longo. E ao acordar, me vi limpa e pronta. Pronta para ir em frente... sempre.
Vestida de cor e de pés descalços, andei um pouco, distraída, com os olhos perdidos em coisa qualquer, coisa qualquer de cor (como eu), vi um sofá velho, longe... fui em sua direção e sentei. Fiquei a pensar... fiquei a pensar... fiquei a pensar. Às vezes, a gente sai junto, às vezes, a gente sai só.
Suspiro! Levanto! Tenho o que fazer!



"Eu não creio que alguém sinta-se do modo
como me sinto a seu respeito neste momento."

3.1.10

Boas vibrações

Isto mesmo! Ainda estou no espírito do "feliz ano novo", então aqui lá vai mais boas vibrações
e...
e...
e...
Bom feeling eêêê!!!!
(risos soltos) - Deixa a janela do sorriso aberta que coisa boa desperta!!!!
Perdoem-me as besteiras... é que, sinto-me bem!
Dançando com o vento!
Despreocupada!
Louca, desvairada! huahauhaua
besitos

1.1.10

2010

"De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos começando,
A certeza de que é preciso continuar,
E, a certeza de que podemos ser interrompidos...
antes de terminar.
Façamos então, da interrupção um caminho novo,
Da queda, um passo de dança,
Do medo, uma escada,
Do sonho, uma ponte,
Da procura, um encontro!"

Fernando Sabino

Pois é, minha gente. Mais um ano começando! Mais um ano para conquistar-mos coisas novas e concertar-mos coisas velhas! Mais um ano para tentar de novo! E façamos nossas apostas!!!!

Eu poderia dizer que neste ano espero... sucesso! (risos soltos) Sim, porque, veja bem! Quando era criança, sempre admirei essas mulheres independentes que trabalham, se bancam e são profissionais de sucesso e ganham bastante dinheiro também, é claro! E... bem, a parte do trabalhar bastante eu já faço, mas falta-me o sucesso e o dinheiro também. kkkkkkk. Então desejo-me sucesso!!! Mesmo porque, este ano me formo e realmente desejo ser esta profissional em que me espelhei. huahauhau

Enfim, posso dizer então que estou a espera do sucesso!!!! Ou do prêmio na loto de 130 milhões! kkkkkkkk. Ele também serve! kkkkk

Enfim, queria dizer mesmo é que estou feliz por o ano ter acabado. Ano complicado e triste, foi este que passou. Pelo menos um pouco mais da metade dele, porque posso dizer que o final do meu ano foi ótimo. Mas assim como o ano que começa, começa também a esperança de um ano melhor, um ano mais feliz, mais em paz de espírito, um ano de amor (com certa certeza (hihi)). E eu já tenho 50% das chances, o que é muito bom. O resto pode deixar comigo! huahuahau

E para vocês, meus caríssimos leitores, desejo-lhes tudo de melhor. Realizações, conquistas, alegrias, saúde, paz, muitos sorrisos e beijos bem distribuídos por todo o ano.

Peguei isto aqui, enquanto estava passeando pela net, previsões para este ano 10! E que assim seja:

"Segundo a astrologia o ano será regido por Vênus, a deusa do amor.

O calendário chinês diz que o ano será do Tigre, por isso, haverá muita coragem.

O Tarô garante que a carta que determinará nossos caminhos será a Imperatriz, que representa a vontade de crescer.

Os pais de santo que 2010 será regido mesmo por Oxalá, o pai dos orixás, que simboliza a paz.

A numerologia afirma que vibraremos todos a três, ou seja, 2+0+1+0, e que a influência do 3 remete à criatividade…"

Ou seja, de alguma maneira, este ano promete! (risos)

FELIZ ANO PARA TODOS!

E que façamos por merecer cada sorriso. kkkkk

"Mas se desejarmos fortemente o melhor e,
principalmente, lutarmos pelo melhor...
O melhor vai se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo,
e não do tamanho da minha altura."

Carlos Drummond de Andrade

(Oh! Maldição, mal começa o ano e já começo com mil citações!!! Sorry! Não pude evitar, estou cheia de esperanças que ganhei de presente no natal!)

Aí esta um vídeozinho de um filme que amoooooo! "O jardin secreto". Há uma passagem no filme, em que, o jardin volta a florir depois de anos abandonado (e é uma passagem linda de fazer os olhos lacrimejarem - pelo menos os meus). E é isto que acredito, que assim como os jardins, nossos corações sempre poderão florir novamente, mesmo depois de secar e ter espalhado pelo chão só folhas secas, mesmo depois de ter sido abandonado e machucado, ele sempre poderá sorrir novamente. Só precisa de um pouco de cuidado e atenção (duas coisas que cura todo o mal do mundo)! E um novo ano é um novo começo, é uma nova oportunidade de plantar coisas novas e colher coisas boas. Então, viva!

PS: Também não posso evitar o trocadilho do "ano novo, filme velho (bem velho - 1993)", mas enfim, é um filme que fala de esperança e de conquistas e isso é eterno não é mesmo?!