Pois é, engraçado né?! Estes tempos! Tempos modernos. Tempos de muitos passos, muitas buzinas, muito asfalto. Tempos de pessoas que olham mais relógios que olhos. Tempos de celulares e computadores. Coisas modernas, coisas cheias de botõeszinhos, em que você pode falar com pessoas a quilômetros de distância. Todos ludibriados por conseguirem falar com pessoas tão distantes, mal percebem que perderam a capacidade de falar com quem está ao lado. São os tempos modernos. Muita tecnologia de ponta ao alcance de suas mãos, mas a sua pele, a sua pele já deixou de se arrepiar faz tempo. Tempos modernos! Tempos de pessoas que olham para frente, mas não olham pros lados. Cada um com suas "tapas", umas de florzinhas, outras da Hello Kitty... huahauahua! (imagine) Gente que perde pôr do sol, gente que perde a luz da lua, gente que prefere luminescente.
Aiai! Engraçado, não é?! Porque sentir saudade de alguém se você viveu anos e anos bem sem ela? Não tem lógica, não faz sentido, não é mesmo? Porque olhar o sol hoje se você passou dias sem vê-lo. Porque procurar um amor se você pode viver muito bem sem ele? Não tem lógica! Não é mesmo.
(risos soltos) Tempos modernos! Como é fácil se apaixonar por telas de computador hoje em dia. Como é fácil amar hoje em dia, amores frágeis, amores brutos, amores doentes, amores. Tão rápidos de ganhar quanto de perder, tão curtos, tão corruptos. Passa e rasga quem o sente. Ilusão, mentiras, o maior amor do mundo nas pontinhas dos dedos em teclas e botões. Gente estranha! Gente que casa querendo separar, gente que bate dizendo amar, gente que ama dizendo odiar, gente que odeia dizendo amar, gente bruta, gente educada, gente hipócrita, gente vazia, gente, gente, gente. Muita gente, poucas pessoas.
Tantas palavras que só ganham força quando vira palavrão. Tantos sentimentos que só tem valor quando se perde. Tantas atitudes que passam despercebidas no meio de tanta gente distraída. Tantas palavras, tantas palavras esquecidas. E outras, que nem deviam ser pronunciadas, deviam ser só experimentadas e aproveitadas, agora ganhando nomes, e cada nome que se perde até a vontade da sensação. Uma pena! Uma pena! Perdemos a capacidade de definir aquilo que deve nomear e aquilo que se deve apenas sentir. Perdemos a capacidade de falar.
Confusão! Estamos todos perdidos. Estamos todos mendigando por aí, um pedaço de chão e se não for pedir muito, um pouco iluminação.
Todos na onda do Cazuza, em que "raspas e restos interessam", assim como "mentiras sinceras". huahuahauhauahua Viramos os próprios ratos mergulhados em piscinas, mendigando farelos. "Com nossas metralhadoras cheias de mágoas, cansados de correr na direção contrária sem pódio de chegada ou beijo de namorada.”
Huahuahauhauahua. Sim, vocês estão certos, estou a beber e ouvir Cazuza. Ele é realmente incrível! Mas ainda que o escute e suas palavras entrem em meus ouvidos, ainda não consigo me convencer. Talvez seja porque, outra voz sai da minha cabeça e esta é de Shakespeare, gritando em meus ouvidos:
"construiria uma cabana de salgueiro à vossa porta e chamaria por vosso nome. Escreveria sonetos de louvor a Olívia e os cantaria nas horas mortas da noite. Vosso nome soaria por entre as colinas e eu faria o Eco, esse tagarela do espaço, repetir: Olívia, Olívia. Oh! Não poderíeis descansar entre os elementos da terra e do ar, mas teríeis piedade de mim.”
E depois disso tudo eu penso: Eu só quero isso!
Como? O que? O que eu quero?
huahauahua
Eu não quero nada para mim!
(risos soltos) Tempos modernos! Como é fácil se apaixonar por telas de computador hoje em dia. Como é fácil amar hoje em dia, amores frágeis, amores brutos, amores doentes, amores. Tão rápidos de ganhar quanto de perder, tão curtos, tão corruptos. Passa e rasga quem o sente. Ilusão, mentiras, o maior amor do mundo nas pontinhas dos dedos em teclas e botões. Gente estranha! Gente que casa querendo separar, gente que bate dizendo amar, gente que ama dizendo odiar, gente que odeia dizendo amar, gente bruta, gente educada, gente hipócrita, gente vazia, gente, gente, gente. Muita gente, poucas pessoas.
Tantas palavras que só ganham força quando vira palavrão. Tantos sentimentos que só tem valor quando se perde. Tantas atitudes que passam despercebidas no meio de tanta gente distraída. Tantas palavras, tantas palavras esquecidas. E outras, que nem deviam ser pronunciadas, deviam ser só experimentadas e aproveitadas, agora ganhando nomes, e cada nome que se perde até a vontade da sensação. Uma pena! Uma pena! Perdemos a capacidade de definir aquilo que deve nomear e aquilo que se deve apenas sentir. Perdemos a capacidade de falar.
Confusão! Estamos todos perdidos. Estamos todos mendigando por aí, um pedaço de chão e se não for pedir muito, um pouco iluminação.
Todos na onda do Cazuza, em que "raspas e restos interessam", assim como "mentiras sinceras". huahuahauhauahua Viramos os próprios ratos mergulhados em piscinas, mendigando farelos. "Com nossas metralhadoras cheias de mágoas, cansados de correr na direção contrária sem pódio de chegada ou beijo de namorada.”
Huahuahauhauahua. Sim, vocês estão certos, estou a beber e ouvir Cazuza. Ele é realmente incrível! Mas ainda que o escute e suas palavras entrem em meus ouvidos, ainda não consigo me convencer. Talvez seja porque, outra voz sai da minha cabeça e esta é de Shakespeare, gritando em meus ouvidos:
"construiria uma cabana de salgueiro à vossa porta e chamaria por vosso nome. Escreveria sonetos de louvor a Olívia e os cantaria nas horas mortas da noite. Vosso nome soaria por entre as colinas e eu faria o Eco, esse tagarela do espaço, repetir: Olívia, Olívia. Oh! Não poderíeis descansar entre os elementos da terra e do ar, mas teríeis piedade de mim.”
E depois disso tudo eu penso: Eu só quero isso!
Como? O que? O que eu quero?
huahauahua
Eu não quero nada para mim!
E para você que achou que aí vinha um clip do Cazuza, engano seu!
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