2.2.10

Vermelho

Sim, estou aqui outra vez
De volta à minha carne crua
Encarnada em minha pele nua
A minha vermelha nudez
Tão minha quanto sua

Estou faminta
Ah! Não minta
Tudo que restou desde então
Foi a saudade, a insônia, a ansiedade
Em tempos de miséria, abstinência e sobriedade
Sobraram os tremores, as vertigens, a explosão

Mas tudo passa quando você se encaixa
Em meus quadris e me abre em rachas
Me invade, me arde, me lasca
Em seu ritmo, em sua marcha
Movendo seu corpo que é pura excitação

E nesta mistura
De sangue, semên e saliva
Que me leva a loucura
E me deixa vida
E vermelha
Como pimenta rubra
De gozo, mordo... arranhão
*
SPP

Visitem as minhas páginas vermelhas!!!

Um comentário:

Thalita Castello Branco Fontenele disse...

Tão forte e sincero.