26.1.10

Se dançar assim...

Droga de mundo caduco! Mundo desconexo com tudo! Mundo em tudo e em mim. E eu, teimosa que sou, insistindo em fazer sentido. Insistindo em fazer som de riso (hihi).
A dor pecorreu meus vasos me entorpecendo de maneira rápida, como num pulsar de coração. Rápido demais para que eu podesse desviar minha mente para qualquer outra coisa menos lesiva. Rápido demais para ao menos dar tempo de sentar. Cai.
Não poderia ser diferente. É assim que as coisas são, é assim que as coisas costumam acontecer. A gente cai e levanta para dar-mos o nosso próximo passo de dança.
E eu, teimosa que sou, insistindo em ter consciência de que ritmo eu vou. Insistindo em sentir este mundo. Insistindo em viver este mundo... de olhos abertos. Mesmo que isso me deixe tão exposta, à mercê de injúrias e mal feitos.
Mesmo que este mergulho profundo em mim mesma me leve a desorientação. Como se mergulhando em águas tão escuras como as minhas, jamais saberia para que lado nadar, para que lado me levaria a superfície para respirar novamente ou para o solo náutico, onde me enterraria. É bem mais sociável ser rasa, bem mais seguro também. Pena eu não ser segura.
Mas tudo poderia ser tão diferente. Tudo poderia ser tão confortável e fácil... como respirar. Por que eu sou exatamente certo para você, eu sou o caminho natural que sua vida teria tomado se o mundo fosse do jeito que deveria ser. Se o mundo não fosse doente e caduco, se não houvessem monstros. Se toda essa sujeira não tivesse poluído nossas águas. Se o mundo fosse mais são, talvez eu me arriscasse em ser mais "Sam".

E aí uma música, dentro das minhas preferidas no mundo.


"Se julgando amada ao som dos bandolíns"

Nenhum comentário: